História da Missão
Obedecendo ao “Ide e Pregai”, nossa missão chegou aos confins do Brasil para alcançar povos não-alcançados com o Evangelho de Cristo.
Primeiros Trabalhos
Fundação Oficial
Organização Nacional
Como Tudo Começou
Em 1953, na cidade de Goiânia (GO), foi registrada como pessoa jurídica a Missão Novas Tribos do Brasil, tendo sua primeira sede geral no município goiano de Vianópolis. Em 1955 a Missão organizou suas ações missionárias dividindo o território nacional em dois setores, denominando-os Leste e Oeste. Anos mais tarde, a administração da Missão foi estruturada com a formação de três conselhos, tendo um presidente indicado pelos membros dos conselhos que representa legalmente a Missão perante as autoridades do País.
O Início
No ano de 1946, Lyle Sharp e família viajaram para o Brasil a bordo do SS Del Aires, um avião cargueiro com capacidade para 12 passageiros. Eles foram os primeiros missionários da Missão Novas Tribos a obterem vistos em solo brasileiro. Em março de 1947, Lyle Sharp e Clyde Collins conseguiram reunir-se com o Marechal Rondon para contar-lhe sobre os seus planos de trabalhar entre os indígenas, recebendo como resposta do ilustre Marechal o seguinte: “É bem isso que estas tribos precisam: de uma igreja e de uma escola bíblica dominical”. Logo depois ele concedeu permissão verbal para os missionários iniciarem suas atividades na região de Guajará-Mirim no estado de Rondônia. Nos meses seguintes, os obreiros estabeleceram contato com os indígenas Macurapi, que prontamente aceitaram a presença dos missionários em sua aldeia. Numa das viagens do avião da NTM, o Tribesman, havia 29 novos missionários a bordo, a maioria visando serviço missionário na Bolívia. Enquanto Lyle cuidava da documentação, Paul reuniu-se com o grupo . Ele abriu um mapa da região de Guajará-Mirim e os desafiou: “Por que prosseguirem para a Bolívia quando há tantas necessidades aqui? Por que não ficar nesta cidade? Aqui é o ponto final do vôo”. Face ao desafio, catorze dos novos missionários decidiram ficar no Brasil. Lyle e Lila Sharp e seus filhos partiram no Tribesman para seu período de férias, deixando catorze obreiros para tomarem seu lugar e expandirem o trabalho. Nos anos seguintes ocorreu a chegada de vários missionários da NTM ao Brasil, entre eles: Olga Dorozowsky; Carl e Cora Taylor, Byron e Jeanne Russel, Mary Jeans Bowman, Ruth Halk, Rudy Ficek e William Neufeld. Em janeiro de 1950, Otto e Dreda Austel e Adalberto e Madalena Denelsbeck chegaram a Goiânia e alguns meses depois, Abraão Koop e José (Joe) Moreno fizeram o primeiro contato com os indígenas Pacaas Novos em Rondônia.
Os primeiros trabalhos
As primeiras etnias indígenas contatadas foram: Baníwa, Kuripako, Nyengatu, Kaingang, Karajá, Marubo e Pacaas Novos. Todas elas, até os nossos dias, têm a sua identidade étnica e cultural preservada, conhecem a Palavra de Deus e o amor de Cristo alcançou o coração de muitos deles.
Os primeiros missionários e o primeiro presidente da MNTB
O primeiro missionário brasileiro da MNTB foi Francisco Alves de Souza, recebido como membro em 6 dezembro de 1955. Em novembro de 1957, Frederico Scharf, Armando de Mateo, Luiz Monteiro da Cruz e suas esposas também se filiaram à missão. O primeiro presidente brasileiro da MNTB foi Luiz Monteiro da Cruz, que permaneceu no cargo até o seu falecimento. Rinaldo de Mattos e Gudrun Körber de Mattos foram recebidos como membros em 1959. Rinaldo substituiu o irmão Luiz Monteiro na presidência da MNTB.
Programa de treinamento missionário
Não havia, na época, nenhum programa competente que preparasse os candidatos para aquele ministério, porém Deus já estava elaborando um projeto especial. Dona Maria de Souza Prado desejava ver um colégio evangélico estabelecido perto de sua cidade, Jacutinga, em Minas Gerais, e propôs doar um terreno para o projeto. Os fundadores do Instituto Bíblico Missionário Peniel iniciaram os trabalhos com uns cinco alqueires, e cinco pacotes de pregos – “cinco sementes de fé” – certos de que Deus supriria todo o restante, o que de fato o Senhor tem feito fielmente durante os 60 de existência do Instituto Bíblico Peniel (Ref. a 2017). Em resposta à oração, o Sr. Antônio Barbosa Reis doou um terreno de vinte alqueires no Estado de Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul), perto de Nova Alvorada do Sul, que posteriormente passou a ser Rio Brilhante. O missionário Floyd Gilbert e alguns alunos de Peniel foram para Mato Grosso do Sul em novembro de 1967, ficaram alojados em uma casa antiga de uma fazenda e iniciaram a construção de algumas casas de madeira, dando início ao Instituto Missionário Shekinah. As aulas foram iniciadas em janeiro de 1968, com seis alunos. Até então, o treinamento missionário e linguístico eram ministrados em Shekinah. Em 1973 o treinamento linguístico foi transferido para Vianópolis, GO, surgindo assim o Instituto Linguístico Ebenézer. Em janeiro de 1982, dando início às aulas com quatro alunos e os professores Alton e Ebba Cothron, foram iniciadas as atividades de mais uma escola, o Instituto Bíblico e Missionário Macedônia no munícipio de Paudalho, PE. Posteriormente esta escola foi desativada.
Presença missionária
Um total de 102 igrejas foram estabelecidas pelos missionários da MNTB, todas com liderança indígena, com cerca de 5.350 crentes professos. Somos cerca de 480 missionários, a maioria composta por obreiros nacionais, atuando em 45 etnias indígenas diferentes, de Norte a Sul, Leste a Oeste do Brasil. A MNTB tem uma visão missionária mundial, portanto temos alguns obreiros trabalhando em parceria com outras Missões no país africano de Moçambique e na Ásia. São décadas de oportunidades, lutas e realizações, sempre com a boa mão do nosso Deus guiando, suprindo, conduzindo cada obreiro ao campo missionário.
A missão Novas Tribos acredita:
1. Na inspiração verbal e divina autoridade das Sagradas Escrituras;
2. Em um Deus único e verdadeiro, que subsiste eternamente em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo;
3. No nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sem pecado. Em Sua morte vicária, Sua ressurreição corporal, Sua presente intercessão e Sua volta, física e pré-milenial;
4. Na queda do homem, resultando em completa e universal separação de Deus e sua necessidade de salvação;
5. Na morte de Cristo: voluntária e substituinte, como sacrifício pelos pecados do mundo inteiro;
6. Na salvação eterna pela Graça, como um dom de Deus, inteiramente independente de obras; que cada pessoa é responsável por si própria quanto a aceitar ou rejeitar a salvação pela fé no Senhor Jesus Cristo, e que a alma uma vez salva, jamais perecerá;
7. No Espírito Santo, que regenera o crente com vida divina pela fé;
8. Na ressurreição corporal dos crentes e dos não crentes. Eterna felicidade com Cristo para os salvos e eterno tormento para os não salvos;
9. Na responsabilidade dos crentes em obedecer a Palavra de Deus e testemunhar a todos acerca da graça salvadora de Cristo. Embora de caráter indenominacional, a Missão não é ecumênica, carismática e nem neo-evangélica.